ATA DA SEXTA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA DÉCIMA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA EXTRAORDINÁRIA DA NONA LEGISLATURA, EM 30.12.1988.

Aos trinta dias do mês de dezembro do ano de mil novecentos e oitenta e oito reuniu-se, na Sala de Sessões do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre, em sua Sexta Sessão Extraordinária da Décima Terceira Sessão Legislativa Extraordinária da Nona Legislatura. Às onze horas e dez minutos foi realizada a chamada, sendo respondida pelos Vereadores Adão Eliseu, Antonio Hohlfeldt, Aranha Filho, Artur Zanella, Bernadete Vidal, Brochado da Rocha, Caio Lustosa, Cleom Guatimozim, Clóvis Brum, Elói Guimarães, Gladis Mantelli, Frederico Barbosa, Jaques Machado, Jorge Goularte, Luiz Braz, Mano José, Nereu D’Ávila, Nilton Comin, Rafael Santos, Raul Casa, Valdir Fraga, Wilton Araújo, Getúlio Brizolla, Isaac Ainhorn, Marcinho Medeiros, Eroni Carus, Ignácio Neis e Jussara Cony. Constatada a existência de “quorum”, o Sr. Presidente declarou abertos os trabalhos e iniciada a ORDEM DO DIA. Após, foi aprovado Requerimento verbal do Ver. Jorge Goularte, solicitando alteração na ordem de votação dos projetos em discussão. Em Discussão Geral e Votação foram aprovados os processos nos 2886; 2718; 2850; 2683; 2735; 2734; 2733; 2705; 2701; 2625; 2623; 2622; 2609; 2552; 2551; 2234; 2513; 2470; 2385; 921; 917; 924; 2732; 2553; 2740/88. Na ocasião, foi aprovado Requerimento do Ver. Brochado da Rocha, solicitando que os processos acima referidos sejam dispensados de distribuição em avulsos e interstícios para suas Redações Finais, considerando-as aprovadas nesta data. Em Renovação de Votação foi rejeitado o Projeto de Lei do Executivo nº 152/88, por três votos SIM contra vinte votos NÃO, tendo sido submetido à votação nominal a Requerimento verbal, aprovado, do Ver. Rafael Santos. Na ocasião, foi aprovado Requerimento do Ver. Raul Casa, solicitando destaque para a votação do art. 2º do Projeto, requerimento este que ficou prejudicado com a rejeição do Projeto. Ainda, foi apregoada Declaração de Voto quanto à votação do Projeto de Lei do Executivo nº 152/88, assinada pelos Vereadores Antonio Hohlfeldt, Eroni Carús, Jussara Cony e Caio Lustosa. Em Renovação de Votação foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 160/88, por vinte e um votos SIM contra quatro votos NÃO, com Declaração de Voto dos Vereadores Antonio Hohlfeldt, Eroni Carus, Jussara Cony e Caio Lustosa. Em Discussão Geral e Votação foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 144/88, com Emenda, após ter sido discutido pelos Vereadores Caio Lustosa e Elói Guimarães. Na ocasião foi rejeitado Requerimento do Ver. Caio Lustosa, solicitando que o Projeto de Lei do Executivo nº 144/88 tenha adiada sua discussão por cinco Sessões. Ainda, foram aprovados Requerimentos do Ver. Cleom Guatimozim, solicitando que o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 16/88 e o Projeto de Lei do Executivo nº 160/88 sejam dispensados de distribuição em avulsos e interstícios para suas Redações Finais, considerando-as aprovados nesta data. Durante os trabalhos, o Sr. Presidente respondeu Questões de Ordem do Ver. Clóvis Brum, acerca do processo nº 2661/88 e da possibilidade de adiamento da votação do mesmo; acerca do número de Vereadores presentes quando da votação do Projeto de Lei do Executivo nº 144/88; do Ver. Isaac Ainhorn, acerca do processo de votação do Projeto de Lei do Executivo nº 152/88; do Ver. Antonio Hohlfeldt, acerca do encaminhamento dado pela Mesa nos processos de votação relativos a projetos referentes a doações de imóveis. Constatada a inexistência de “quorum”, o Sr. Presidente levantou os trabalhos, convidando os Senhores Vereadores para a Sessão Extraordinária a ser realizada a seguir. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Brochado da Rocha e Artur Zanella e secretariados pelos Vereadores Mano José e Wilton Araújo, este como Secretário “ad hoc”. Do que eu, Mano José, 2º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após lida e aprovada, será assinada pelos Senhores Presidente e 1ª Secretária.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Artur Zanella): Havendo “quorum”, declaro abertos os trabalhos da presente Sessão Extraordinária.

 

O SR. JORGE GOULARTE (Requerimento): O Processo nº 2555/88 - PELO nº 68/88, necessita de dois terços de votos. Eu peço a V.Exa. que ele fique por último, para ser votado.

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação o Requerimento do Ver. Jorge Goularte. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

O SR. PRESIDENTE (Brochado da Rocha): Os Vereadores requereram que a Mesa colocasse em votação em bloco os processos de nomes de ruas e cidadanias. Assim sendo, a Mesa vai apregoar os nomes das ruas e das cidadanias e, se quiserem votar separadamente, S. Exas. pedirão destaque.

 

ORDEM DO DIA

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

PROC. 2886/88 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 202/88, de autoria do Ver. Jorge Goularte, que denomina Rua José Aristides Martins um logradouro público.

Sem Parecer.

 

PROC. 2718/88 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 196/88, de autoria do Ver. Hermes Dutra, que denomina Rua Joaquim G. de Campos Netto um logradouro público.

Sem Parecer.

 

PROC. 2850/88 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 201/88, de autoria do Ver. Jorge Goularte, que denomina Rua Alexandre Wagner um logradouro público.

Sem Parecer.

 

PROC. 2683/88 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 193/88, de autoria do Ver. Nereu D’Ávila, que denomina Rua do Bosque um logradouro público.

Sem Parecer.

 

PROC. 2735/88 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 200/88, de autoria do Ver. Hermes Dutra, que denomina Avenida Bernardino de Oliveira Paim um logradouro público.

Sem Parecer.

 

PROC. 2734/88 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 199/88, de autoria do Ver. Adão Eliseu, que denomina Rua Coronel PM Romeu Rodrigues da Cruz um logradouro público.

Sem Parecer.

 

PROC. 2733/88 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 198/88, de autoria do Ver. Hermes Dutra, que denomina Rua Luiz Felipe Berbigier, um logradouro público.

Sem Parecer.

 

PROC. 2705/88 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 195/88, de autoria do Ver. Artur Zanella, que denomina Rua Lacy Ribeiro de Almeida um logradouro público.

Sem Parecer.

 

PROC. 2701/88 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 194/88, de autoria do Ver. Artur Zanella, que denomina Praça Irene Elisalde Stricher um logradouro público.

Sem Parecer.

 

PROC. 2625/88 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 191/88, de autoria do Ver. Artur Zanella, que denomina Rua Gilberto Laste um logradouro público.

Sem Parecer.

 

PROC. 2623/88 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 190/88, de autoria do Ver. Hermes Dutra, que denomina Rua Raphael Pandolfo um logradouro público.

Sem Parecer.

 

PROC. 2622/88 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 189/88, de autoria do Ver. Artur Zanella, que denomina Rua Jacó Schaan Filho um logradouro público.

Sem Parecer.

 

PROC. 2609/88 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 188/88, de autoria do Ver. Cleom Guatimozim, que denomina Rua Serafim de Moraes Martins um logradouro público.

Sem Parecer.

 

PROC. 2552/88 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 185/88, de autoria do Ver. Jorge Goularte, que denomina Rua General Marcos Kruchin uma via pública.

Sem Parecer.

 

PROC. 2551/88 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 184/88, de autoria do Ver. Jorge Goularte, que denomina Rua Almindo Rosado dos Santos uma via pública.

Sem Parecer.

 

PROC. 2513/88 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 183/88, de autoria do Ver. Adão Eliseu, que denomina Rua Coronel Antonio Dias de Oliveira um logradouro público.

Sem Parecer.

 

PROC. 2470/88 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 179/88, de autoria do Ver. Martins Aranha Filho, que denomina Rua Victor Ely Von Frankenberg um logradouro público.

Sem Parecer.

 

PROC. 2385/88 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 176/88, de autoria do Ver. Mano José, que denomina Rua do Agenor um logradouro público.

Sem Parecer.

 

PROC. 0921/88 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 71/88, de autoria do Ver. Isaac Ainhorn, que denomina Rua Ciro Vaz Alvarez um logradouro público.

Sem Parecer.

 

PROC. 0917/88 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 67/88, de autoria do Ver. Isaac Ainhorn, que denomina Praça José Amador dos Reis um logradouro público.

Sem Parecer.

 

PROC. 2732/88 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 60/88, de autoria do Ver. Artur Zanella, que concede o título honorífico de Cidadão Emérito ao Dr. Luiz de Martino Coronel.

Sem Parecer.

 

PROC. 2553/88 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 59/88, de autoria do Ver. Jorge Goularte, que concede o título honorífico de Cidadão Emérito ao Senhor Marcos Ramon Dvoskin.

Sem Parecer.

 

PROC. 2740/88 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 61/88, de autoria do Ver. Brochado da Rocha, que concede o título honorífico de Cidadã Emérita à Sra. Elizabeth Mafra.

Sem Parecer.

 

O SR. PRESIDENTE: Em Discussão. (Pausa.) Encerrada a discussão. Em votação os Processos nos 2886, 2718, 2850, 2683, 2735, 2734, 2733, 2705, 2701, 2625, 2623, 2622, 2609, 2552, 2551, 2513, 2470, 2385, 921, 917, 2732, 2553 e 2740/88. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que os aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADOS.

Requerimento, de autoria do Ver. Brochado da Rocha, solicitando sejam os Processos nos 2886, 2718, 2850, 2683, 2735, 2734, 2733, 2705, 2701, 2625, 2623, 2622, 2609, 2552, 2551, 2513, 2470, 2385, 921, 917, 2732, 2553 e 2740 dispensados de distribuição em avulsos e interstícios para suas Redações Finais, considerando-as aprovadas nesta data. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

RENOVAÇÃO DE VOTAÇÃO

 

PROC. 2661/88 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 152/88, que autoriza a doação de imóvel à Academia Riograndense de Letras e à União dos Vereadores do Rio Grande do Sul – UVERGS.

 

Parecer Conjunto:

– da CJR, CFO, CUTHAB e CEC. Relatora, Verª Gladis Mantelli: pela aprovação.

 

Obs.:

- Em renovação de votação cfe. Requerimento aprovado.

 

O SR. PRESIDENTE: Existe um Requerimento que pede seja votado com Destaque o Art. 2º. O Art. 2º refere-se à Academia de Letras.

 

O SR. RAFAEL SANTOS (Requerimento): Solicito votação nominal.

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação o Requerimento do Ver. Rafael Santos. Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

 

O SR. CLÓVIS BRUM (Questão de Ordem): Sr. Presidente, é um processo de doação de um prédio?

 

O SR. PRESIDENTE: De um prédio à Academia Riograndense de Letras e União dos Vereadores do Estado do Rio Grande do Sul. O que está sendo votado, neste exato momento, é à União de Vereadores do Estado do Rio Grande do Sul e não à Academia Riograndense de Letras.

 

O SR. CLÓVIS BRUM: É um Prédio com quatro andares situado na Rua André da Rocha?

 

O SR. PRESIDENTE: Exatamente, conforme o processo que foi distribuído aos Srs. Vereadores.

 

O SR. ISAAC AINHORN (Questão de Ordem): Sr. Presidente, gostaria que V. Exa. esclarecesse os procedimentos de votação, uma vez que estes não ficaram muito claros, porque entendo que parece foi votado um destaque de votação em separado e se vislumbra, de repente, uma discriminação odiosa em relação a determinadas instituições do nosso Estado.

 

O SR. PRESIDENTE: V. Exa. pode receber a informação. Será votado em duas partes.

 

O SR. CLÓVIS BRUM: Sr. Presidente, eu faço uma pergunta à Mesa. Está em processo de votação? Pelo Regimento Interno posso solicitar o adiamento da votação do processo. Consulto regimentalmente.

 

O SR. PRESIDENTE: A votação já começou, Vereador. Já foi chamado o primeiro Vereador para votar. O Ver. Adão Eliseu não votou, mas já foi chamado para votar.

 

O SR. CLÓVIS BRUM: Sr. Presidente, estou-me referindo ao adiamento por cinco Sessões deste Processo nos termos regimentais como Líder do PMDB.

 

O SR. PRESIDENTE: Só que V. Exa. não se deu conta de que já é Renovação de Votação.

Solicito ao Sr. Secretário, Ver. Mano José que faça à chamada dos Srs. Vereadores para a votação.

 

O SR. CLÓVIS BRUM: Sr. Presidente, se não pode ser feito adiamento.

 

O SR. PRESIDENTE: Não pode Vereador.

 

O SR. ISAAC AINHORN (Questão de Ordem): A renovação de votação do presente Processo deve ser respeitada nos termos em que a votação anterior foi feita, portanto entendo e gostaria que esta Mesa esclarecesse se pode, de repente, numa renovação de votação, votar diferente da votação original.

 

O SR. PRESIDENTE: A orientação recebida da Diretoria Legislativa, é que pode. Porque se pediu foi o destaque.

 

O SR. ARANHA FILHO (Questão de Ordem): Um esclarecimento, nobre Vereador, aceito um ou outro, já que está sendo destacado, supondo que apenas um for aprovado ocupará todo o prédio da Cepal?

 

O SR. PRESIDENTE: Não. Será retirado o artigo que concede à Academia Riograndense de Letras, o segundo artigo continuará exatamente igual. E comunico aos Srs. Vereadores que será seguido, nessa votação, o que determina a Constituição Federal, que dá maioria simples desde que existam presentes a maioria dos Srs. Vereadores.

 

O SR. JORGE GOULARTE (Questão de Ordem): Sr. Presidente, eu peço a retirada de Renovação de Votação desse Projeto, da União dos Vereadores e da Academia.

 

O SR. PRESIDENTE: Srs. Vereadores, eu estou tentando, na última Sessão, fazer tudo da melhor forma possível. Nós colocamos em votação, foi chamado o primeiro Vereador, foi essa questão tratada com 3 Lideranças desta Casa. O processo em que estamos é de votação, Ver. Jorge Goularte. Já foi chamado o primeiro Vereador, que ainda não deu o seu voto.

 

O SR. CLÓVIS BRUM: Vamos pôr ordem nesta Casa.

 

O SR. PRESIDENTE: Nós vamos colocar a Casa em ordem. Estava em processo de votação. Foi chamado o Ver. Adão Eliseu para colocar o seu voto, e não cabe mais requerimento neste momento.

 

O SR. CLÓVIS BRUM: Recorro da decisão de V. Exa., à Comissão de Justiça da Casa.

 

O SR. PRESIDENTE: Que será convocada tão-logo termine a Sessão.

 

O SR. IGNÁCIO NEIS (Questão de Ordem): Solicito que o Projeto seja votado com Destaque da UVERGS e da Academia. Aí nós podemos votar o Projeto, depois votamos o que nós queremos.

 

O SR. PRESIDENTE: O Vereador quer Destaque para Academia e é contra a UVERGS. Em primeiro lugar não cabe mais requerimento. Em segundo lugar, se for Destaque dos 2, já está acontecendo neste momento.

 

O SR. ISAAC AINHORN (Questão de Ordem): Acho que está havendo uma grande confusão neste Plenário, embora o esforço de V. Exa. de coordenar a agitação do Plenário. Não há condições de votar deste jeito. Em primeiro lugar, Sr. Presidente, isto se constitui em renovação de votação. A renovação de votação segue os parâmetros e os critérios exatamente iguais da votação original. Portanto, Sr. Presidente, reitero a V. Exa. que se vote na forma em que foi originalmente votado. É apenas uma renovação de votação, e, a renovação de votação ela não pode inovar.

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Clóvis Brum já requereu a audiência da Comissão de Justiça e será feito isso aí. Vamos para a votação. A partir de agora a Questão de Ordem tem que ser para esclarecer os processos em votação, com o artigo respectivo.

Solicito ao Sr. Secretário que proceda à chamada nominal.

 

O SR. 2º SECRETÁRIO: (Procede à chamada.) Sr. Presidente, 03 Srs. Vereadores votaram sim e 20 Srs. Vereadores votaram não.

 

O SR. PRESIDENTE: REJEITADO o Projeto, portanto, prejudicada a votação do art. 2º que foi destacado.

 

(Votaram SIM os Vereadores: Artur Zanella, Frederico Barbosa, Jorge Goularte. Votaram NÃO os Vereadores: Adão Eliseu, Antonio Hohlfeldt, Aranha Filho, Bernadete Vidal, Caio Lustosa, Clóvis Brum, Elói Guimarães, Ignácio Neis, Jaques Machado, Jussara Cony, Mano José, Nereu D'Ávila, Nilton Comin, Rafael Santos, Raul Casa, Wilton Araújo, Marcinho Medeiros, Eroni Carus, Isaac Ainhorn e Getúlio Brizolla.)

 

O SR. CLÓVIS BRUM (Questão de Ordem): Sr. Presidente, do Requerimento que fiz, a audiência da Comissão de Justiça, eu retiro, Sr. Presidente, porque este Processo já é a segunda vez que “cai do petiço” aqui na Casa, então estou tranqüilo.

 

O SR. PRESIDENTE: Existe uma Declaração de Voto assinada pelos Vereadores: Jussara Cony, Antonio Hohlfeldt, Eroni Carus e Caio Lustosa. (Lê Declaração de Voto.)

“Contrários a toda e qualquer doação do patrimônio municipal, uma vez que, no caso, agride o art. 122, parágrafo único, do Regimento Interno da Casa.”

 

RENOVAÇÃO DE VOTAÇÃO

 

PROC. 2744/88 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 160/88, que autoriza a doação de imóvel à Associação dos Policiais Federais no Rio Grande do Sul – APOFESUL.

 

Parecer Conjunto:

- da CJR, CFO, CUTHAB e CEDECON. Relator Ver. Artur Zanella: pela aprovação.

 

O SR. PRESIDENTE: A votação será nominal independente de Requerimento. Informo que será dotada com a nova Constituição Federal do Brasil, editada em outubro deste ano.

 

O SR. ANTONIO HOHLFELDT: V. Exa. pode explicar novamente, porque foi dito nas entrelinhas.

 

O SR. PRESIDENTE: Já foi explicado. V. Exa. vai receber, pela segunda vez, não fica nas entrelinhas: foi dito já, claramente, que será adotada a Resolução de acordo com a Constituição Federal. V. Exa. não estava presente e infelizmente não ouviu; a Constituição determina que, nas alterações de patrimônio haja maioria absoluta de votantes e maioria simples entre os que estiverem na Sessão. Faço isso por cortesia a V. Exa.

Solicito ao Sr. Secretário que proceda à chamada nominal dos Srs. Vereadores para votação do Projeto.

 

O SR. SECRETÁRIO: (Procede à chamada.) Sr. Presidente, 21 Srs. Vereadores votaram sim e 04 votaram não.

 

O SR. PRESIDENTE: APROVADO o Projeto.

 

Declaração de Voto assinada pelos Vereadores Antonio Hohlfeldt, Jussara Cony, Caio Lustosa e Eroni Carus (Lê.):

“Votamos contrário ao Projeto, por considerá-lo contrário ao interesse público e por entendermos que sua tramitação na Casa não cumpriu com exatidão o estabelecido pelo art. 122 e seu parágrafo único.”

 

(Votaram SIM os Vereadores: Adão Eliseu, Aranha Filho, Artur Zanella, Bernadete Vidal, Cleom Guatimozim, Clóvis Brum, Elói Guimarães, Frederico Barbosa, Ignácio Neis, Jaques Machado, Jorge Goularte, Mano José, Nereu D'Ávila, Nilton Comin, Rafael Santos, Raul Casa, Valdir Fraga, Wilton Araújo, Marcinho Medeiros, Isaac Ainhorn e Getúlio Brizolla. Votaram NÃO os Vereadores: Antonio Hohlfeldt, Caio Lustosa, Jussara Cony e Eroni Carus.)

 

O SR. PRESIDENTE: Requerimento, de autoria do Ver. Cleom Guatimozim, solicitando que o PLE nº 160/88 seja dispensado de distribuição em avulsos e interstício para sua Redação Final, considerando-a aprovada nesta data. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

A Mesa colocará em votação um Requerimento, de autoria do Ver. Caio Lustosa, solicitando adiamento da discussão e votação, por cinco Sessões, do PLE nº 144/88. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) REJEITADO.

 

PROC. 2501/88 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 144/88, que autoriza doação de imóvel ao Clube Uruguay de Porto Alegre e dá outras providências.

Sem Parecer.

 

O SR. PRESIDENTE: Para discutir está com a palavra o Ver. Caio Lustosa.

 

O SR. CAIO LUSTOSA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, por uma coincidência, nossa última intervenção nesta Câmara de Vereadores, é referente a mais um processo de alienação de bens do patrimônio público. Contra o qual, sistematicamente nos posicionamos, mostrando os prejuízos para o Município como um todo. Somos alertados que essa doação ao Clube Uruguai é mais um desses casos. Nesta manhã já foi rejeitado, com acerto, um Projeto que previa doação à UVERGS e à Academia de Letras de um valiosíssimo bem municipal na André da Rocha. Agora, vem este, acalentando a pretensão do Clube Uruguai. Ninguém há de dizer que tenhamos qualquer restrição ou preconceito contra o nobre e valoroso povo do Uruguai, terra de Artigas, tradição de lutas e libertação da América Latina. Agora, esta entidade, sou obrigado a dizer, não tem a mínima representatividade em termos de algum trabalho visível em relação aos interesses da comunidade uruguaia e do intercâmbio e amizade com o nosso País. Requeri, por uma questão de cautela, o adiamento desta votação, porque fui alertado, inclusive, que esse Clube Uruguai, aliás, fundado estranhamente em 1968, quando tanto o Uruguai como o Brasil estavam sob o jugo da opressão. Esse Clube, estou informado, se não exerceu o papel de apoio ao serviço de espionagem que redundaram até em seqüestro de gente uruguaia aqui no Rio Grande, pelo menos, ficou quietinho. Sem mais, o antigo Cônsul do Uruguai aqui, um tal de Sr. Linharde, era um dos freqüentadores e quiçá o fundador desse Clube e esse cidadão exerceu trabalho de espionagem contra o grande e bravo uruguaio que se chama Aldunatt, um liberal progressista, um líder da Oposição Uruguaia que conseguiu derrubar a Ditadura Militar que ali se instalara. Não quis e não quero fazer pré-julgamento e ser injusto com esta entidade, que, repito, desconheço o papel social benemérito que por acaso exerça, mas tenho estas advertências e estas interrogações. Não vi jamais nesta longa jornada do povo uruguaio junto com o nosso povo fez pela libertação, pela recuperação do processo democrático. Não vi uma nota sequer, em tempo algum, na imprensa desta Entidade. Sei mais que existe uma outra Entidade, uma Associação de amizade Brasil e Uruguai e pergunto, por quê? Esta eu sei que exerce um papel de intercâmbio, um papel democrático de aproximação, de união dos nossos povos. Então, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, eu encaminho contrariamente a aprovação deste Projeto.

E sobre outro aspecto também, a atual Administração que está concluindo o seu mandato fez um apanágio de que estava devolvendo a Porto Alegre o Rio à cidade com as obras monumentais da Beira-Rio. Pois este Projeto visa entregar uma fatia belíssima, privilegiada da orla do Rio Guaíba ao Clube Uruguai. Será que não existe no leque de Entidades associativas desta cidade outra com mais merecimento e com mais penetração social para receber tamanha dádiva? Sei, por exemplo, que a Associação dos funcionários da Secretaria de Planejamento pleiteou a concessão desta área. Este é um dos tantos casos de dilapidação da orla do Guaíba que, hoje, sofreu o aguçamento de um processo de privatização com a entrega de toda a orla praticamente. Há Clubes granfinos impedindo que a população como um todo tenha acesso ao seu Rio. É este o outro argumento que eu levanto para pedir a rejeição deste Projeto.

Concluo, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, deixando aqui, ao mesmo tempo, a despedida desta Casa, em que, durante 6 nos, trouxemos um trabalho pertinaz, que não foi nosso, pessoalmente, mas de assessores abnegados que tivemos, com a colaboração dos funcionários desta Casa, com o apoio dos colegas Vereadores, de instituições como a Agapan, o Movimento de Justiça e Direitos Humanos, sindicatos, Associações de Bairros, tentando fazer deste mandato o mais possível representativo das camadas e dos interesses alinhados em torno da valorização da atividade legislativa, no sentido de que essa retrate e reflita, através da formulação de leis, e da fiscalização sobre o Executivo, os interesses maiores da comunidade porto-alegrense. Temos certeza de que deixamos alguma coisa em proveito do povo de Porto Alegre. Por um acidente eleitoral, não obstante termos tido uma votação bastante razoável, superior até a 10 futuros integrantes desta Casa, não logramos um novo mandato e, agora, nos encaminhamos, como integrantes da Frente Popular, para um novo desafio, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, tentando, dentro de um trabalho conjunto, e procurando refletir a vontade da maioria da população porto-alegrense, formular uma política ambiental em Porto Alegre, condizente com os reclamos da população, uma política ambiental que não seja elitista e nem privilegie os interesses dominantes da Cidade, mas aberta e participativa a todos os setores. Agradeço o grande apoio que tivemos, eu e meus assessores, nesta Casa. Não oculto as divergências, os debates acres, por vezes, que tivermos, mas acho que, acima de todas as querelas, de todas as disputas, sobrepaira o interesse maior de Porto Alegre. Seria sumamente gratificante tê-los a todos no ato de transmissão da Pasta do Meio Ambiente, segunda-feira, na sede da SMAM. E concluo, fazendo, na pessoa de um de nós, dos que deixam esta Casa, uma homenagem que é uma homenagem à própria cidade de Porto Alegre. Dentre todos nós, tivemos aqui uma voz permanente, brava, destemida. E não só aqui; nos bairros desta Cidade, nos momentos de luta dos sem-teto a procurarem um abrigo, nas greves, nas mobilizações, tivemos a voz da mulher gaúcha, daquela que recebeu a votação mais consagradora de Porto Alegre, na última eleição, símbolo do compromisso fiel com os seus princípios, com a luta de um Partido que tem história neste País, cujos postulados e cujos princípios pode-se até contestar, mas que representam uma sintonia com a luta de libertação de nosso povo. Concluo, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, homenageando a Verª Jussara Cony, nossa companheira, amiga e irmã de tantas lutas, que recebeu a consagração do povo de Porto Alegre e cujo serviço ainda há de prestar, como sempre tem feito em todos os dias de sua vida, como aquele ser indispensável de que falava Brecht. A ela a nossa homenagem, neste instante de despedida desta Casa, certo de que expressamos a homenagem que, nas urnas, já lhe prestou a população de nossa Cidade. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o Ver. Elói Guimarães.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, nós entendemos que a discussão da matéria valorizará, indiscutivelmente, a decisão que a Casa vai tomar. Eu fui designado, Sr. Presidente, Srs. Vereadores, relator da matéria e relatei, favoravelmente, tivemos algumas dúvidas, fizemos consultas e afinal reunimos, os dados necessários para a tranqüilidade de discutir e votar a matéria. Nós somos, historicamente, pessoas, o nosso próprio partido, vinculados às lutas históricas do povo brasileiro. Então, aquele exame que se fazia indispensável nós procedemos, Sr. Presidente, porque num primeiro momento: não, isto aí é um aparelho que reúne setores repressivos. Não é. Absolutamente não é, Ver. Caio Lustosa. É um clube que num determinado momento participou o cônsul uruguaio e não teve pela sua postura, este referido cônsul, as simpatias do referido clube.

Vejam V. Exas., e não seria o caso, o Presidente é do Partido Blanco, o filho do maior líder uruguaio comprometido com a democracia, Gonçalo Aldunat é associado e dirigente do referido clube.

Então, a matéria sobre este aspecto fica saneada daquelas dúvidas que muito apropriadamente nós tomamos cautelas, se se tratar de um aparelho onde ali estivesse metida a repressão, etc, e tal, nós jamais atenderíamos preito desta ordem. Então, vencida esta questão, vem a grande questão e o grande debate, que é exatamente o interesse brasileiro de nos aproximarmos cada vez mais do povo uruguaio. E nós temos uma tradição muito grande com o Uruguai. O Uruguai foi ao longo da história o refúgio dos exilados brasileiros. O povo uruguaio, as instituições uruguaias a não ser desse último período da Ditadura, hoje redemocratizada. Então, foi o Uruguai, aquele que acolhia os exilados brasileiros, e o povo uruguaio que também fez ao Brasil a doação de uma área em Canelones, para que lá se construam Casas do Brasil, tem que merecer a correspondente brasileira. Evidentemente, que num clube, como durante aí os períodos da repressão em nosso País, exemplificativamente no Internacional, no Grêmio, no Lindóia, no Petrópole, deveriam lá existir pessoas, que pensam com a Ditadura, com a repressão. Agora o clube em si congrega os Uruguaios moradores da cidade de Porto Alegre. E a nós vejam bem, interessa a aproximação com os “Ermanos Uruguaios”, porque são nossos irmãos, constituem-se ao longo da história pela aproximação, por sermos um Estado de fronteira com o Uruguai, o intercâmbio permanente, inclusive sociológico. Eu tive a oportunidade de fazer uma aproximação, entre a Câmara Municipal de Porto Alegre e a edilidade de Montevidéo. E tive a oportunidade de trazer esta placa que se encontra aqui colocada na Casa, foi uma homenagem que a Câmara Municipal de Montevidéo prestou a Tiradentes. Posteriormente, os edis uruguaios, de todos os partidos, aqui estiveram, debatendo com os Vereadores de Porto Alegre. Então, eu tive a oportunidade de ser convidado à inauguração da Praça de Tiradentes, lá em Positos, onde se prestou uma grande homenagem, onde, inclusive, fomos destacados por uma grande homenagem, quando da inauguração da Praça, e trouxe comigo esta placa de homenagem do povo uruguaio ao povo brasileiro. Então, nos interessa...

 

O SR. PRESIDENTE: Queria que V. Exa. compreendesse que, quando bater 5 minutos, termina, e marcamos mais 5 minutos.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sou grato.

E é sobre este ângulo que a matéria tem que ser examinada, é a necessidade que temos de estabelecer a solidariedade latino-americana, dos povos pobres da América. Eu acho que a América Latina, que sofre os mesmos processos, tem que se unir para enfrentar os grandes, que massacram a América Latina, os países desenvolvidos. Então, esta integração pela base é fundamental, Ver. Caio Lustosa, para a História dos nossos povos. E o Uruguai, o povo uruguaio, as instituições uruguaias, hoje democratizadas, interessam a nosso País, e lembro que durante o período de repressão, da ditadura, nós aqui recebíamos companheiros uruguaios, e vice-versa. Nós, pessoalmente, como partido político, temos uma profunda admiração e um profundo agradecimento ao povo uruguaio, porque o nosso Líder, o Presidente do nosso Partido, o ex-Governador Leonel Brizola, durante longo tempo passou no Uruguai, inclusive confinado no Uruguai, e recebeu do povo uruguaio sempre, o carinho próprio da sensibilidade dos irmãos uruguaios. E isto vai ser notícia no Uruguai, este ato que a Câmara está realizando hoje, tem um sentido muito grande, e será, indiscutivelmente, notícia no vizinho país, o Uruguai. Então nós estamos concretamente aqui selando compromisso pela representatividade da Casa com os nossos irmãos do Uruguai, enraizando, vinculando os uruguaios que aqui residem ao próprio chão, a própria terra do Rio Grande do Sul e de Porto Alegre.

As questões que eventualmente pudessem nos preocupar estão absolutamente espancadas de qualquer dúvida e volto a frisar, a Direção do clube Uruguai não viu e eu não sei se houve algum rompimento, mas não via muito bem, num determinado momento, a participação do Cônsul por determinadas atitudes participando e ninguém pode proibir de participar do Clube. Não há aqueles problemas que se poderia imaginar que pudesse haver, Ver. Caio Lustosa. Não se trata de um aparelho, algo clandestino que pudesse conspirar contra a liberdade, contra a democracia, antes pelo contrário, é um instrumento, é um clube que congrega mais de mil uruguaios, residentes, irmãos nossos que residem aqui em Porto Alegre e que convivem conosco as dificuldades.

Então fica aqui como relator o nosso encaminhamento e volto a dizer que tomamos e buscamos algumas informações num primeiro momento ficamos preocupados, etc, mas isso tudo foi devidamente esclarecido. Então dou este enfoque a matéria porque se trata de fazermos cada vez mais a aproximação dos nossos irmãos com os irmãos uruguaios e que se concretiza neste gesto de integração, de interação social.

Fica, portanto, aqui a nossa manifestação para que numa demonstração de cordialidade latino-americana, de solidariedade, nós votemos favoravelmente este Processo que vem cada vez mais estreitar os vínculos entre o povo brasileiro, o povo gaúcho, o povo de Porto Alegre com o povo uruguaio, o povo de Montevidéu; em especial, aqui fica um agradecimento do meu Partido que lá no Uruguai, seus líderes e líderes de outros Partidos sempre receberam, sempre tiveram do povo uruguaio o necessário aconchego e carinho, e a facilidade para conviver naqueles momentos difíceis quando a Pátria brasileira foi submetida a um processo de exceção. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. CLÓVIS BRUM: Sr. Presidente, solicito verificação de “quorum”.

 

O SR. SECRETÁRIO “ad hoc”: (Procede à chamada nominal dos Srs. Vereadores para verificação de “quorum”.)

 

O SR. PRESIDENTE: Dezessete Srs. Vereadores, há “quorum”.

Em votação o PLE nº 144/88. Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) Quatorze votos a favor, 3 votos contrários. APROVADO.

Em votação a Emenda nº 01. Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

Requerimento de autoria do Ver. Cleom Guatimozim propõe que o Proc. 2501/88 seja dispensado da distribuição em avulsos e interstício para sua Redação Final, considerando-a aprovada nesta data.

Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Para que fique registrado nos Anais, para as providências da Procuradoria Geral do Município, a partir do dia 1º de janeiro próximo, quero contestar o encaminhamento dado pela Mesa na votação dos Projetos de doações de imóveis, que pretende interpretar a Constituição Federal, à revelia da Constituição Estadual ora vigente, e do Regimento Interno da Casa, artigo 122, parágrafo único e da Lei Orgânica. Fique registrado para que se possa tomar as providências cabíveis legais e a anulação dessas votações.

 

O SR. PRESIDENTE: Só gostaria de saber se V. Exa. refere especialmente a esse Processo.

 

O SR. ANTONIO HOHLFELDT: A todos os que foram aprovados com o “quorum” considerado inconstitucional, dentro da Constituição Estadual e da Lei Orgânica Municipal, bem como quanto ao Regimento Interno, artigo 122, parágrafo único. É claro, na Constituição Federal, vige o novo “quorum”, uma vez não contrariada a Constituição Estadual ou demais leis vigentes. Todas as demais estão vigendo.

 

O SR. PRESIDENTE: Para que fique registrado nos Anais, reitero que o único Projeto que foi votado, que foi necessário, trazer à discussão a Constituição Federal, foi o Processo nº 2501/88.

 

O SR. CLÓVIS BRUM: Agradeço.

 

O SR. JORGE GOULARTE: É para que fique claro que os outros atingiram o “quorum” e tiveram vinte e um votos favoráveis.

 

O SR. PRESIDENTE: Para que fique registrado nos Anais que o único Projeto para o qual foi buscado amparo na Constituição Federal foi o Processo votado anteriormente.

O outro Processo que temos em votação é o 2555/88, Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 68/88, que é visível, me parece, a presença, neste exato momento, de “quorum”, eis que são exigidos dois terços de votos favoráveis para a aprovação.

 

O SR. CLÓVIS BRUM: Para registrar nos Anais, em relação à doação feita ao Clube Uruguaio, pergunto a V. Exa., quantos Senhores Vereadores estavam no Plenário?

 

O SR. PRESIDENTE: Estavam presentes dezessete Srs. Vereadores que responderam à presença, com isso tínhamos a maioria absoluta de Vereadores presentes. Então, a maioria simples dos que votaram. Isso é o que fica registrado nos Anais, desta Sessão que encerra neste momento.

 

(Levanta-se a Sessão às 12h24min.)

 

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